Opini?o é que acordo da OPEP para limitar a produ??o eleve os pre?os
WASHINGTON, 20 de outubro de 2016 — O Banco Mundial está elevando sua previs?o dos pre?os do petróleo bruto para 2017, de US$ 53 para US$ 55 por barril em vista de os membros da Organiza??o dos Países Exportadores de Petróleo estarem se preparando para limitar a produ??o após um longo período de produ??o sem limites.
Os pre?os da energia, abrangendo o petróleo, o gás natural e o carv?o, devem dar um salto de quase 25% no próximo ano, num aumento acima do esperado em julho. A previs?o revista consta da mais recente vers?o do relatório Commodity Markets Outlook (Perspectivas dos Mercados de Produtos Básicos). Os pre?os do petróleo devem registrar uma média de US$ 43 por barril em 2016, mantendo-se inalterados em rela??o ao relatório de julho.
“Prevemos um forte aumento dos pre?os da energia, puxado pelo petróleo, no próximo ano”, afirmou John Baffes, Economista Sênior e principal autor do Commodity Markets Outlook. “Contudo, as perspectivas est?o cercadas por grande incerteza, pois aguardamos os detalhes e a implementa??o do acordo da OPEP, que, se concluído, terá um impacto sobre os mercados de petróleo, n?o resta dúvida.”
A maioria dos produtos básicos deve registrar uma modesta recupera??o em 2017, com o fortalecimento da demanda e a diminui??o da oferta.
Os pre?os dos metais e minerais devem subir 4,1% no próximo ano, uma corre??o de 0,5 ponto percentual para cima devido a uma maior restri??o da oferta. A previs?o é que os pre?os do zinco subam mais de 20% após o fechamento de algumas grandes minas do mineral e cortes na produ??o em anos anteriores. O ouro deve recuar ligeiramente no ano que vem, para US$ 1.219 por on?a, na medida em que as taxas de juros provavelmente se elevem e a busca pela prote??o de ativos mais seguros diminua.
No setor agropecuário, a proje??o é que os pre?os aumentem 1,4% em 2017, ligeiramente abaixo do esperado em julho, pois os pre?os dos alimentos devem subir mais gradativamente do que o previsto (1,5%) e os pre?os das bebidas devem sofrer uma queda mais acentuada (0,6%) na expectativa de uma grande safra de café. Entre os alimentos, a previs?o é que os pre?os dos gr?os tenham uma alta mais forte do que o esperado, de 2,9%, no próximo ano, ao passo que os pre?os dos óleos e farinhas subam 2%, abaixo do previsto.
“Os baixos pre?os dos produtos básicos atingem duramente as economias emergentes e em desenvolvimento que exportam esses produtos, mas esse ciclo parece ter chegado ao fim”, disse Ayhan Kose, Diretor do Grupo de Perspectivas do Grupo Banco Mundial. “O crescimento nesse conjunto de economias deve ficar próximo a zero no ano. Sempre que possível, as autoridades devem buscar estratégias para refor?ar o crescimento, como investimentos em infraestrutura, saúde e educa??o, no contexto de um plano fiscal de médio prazo confiável.”
Esta edi??o do Commodity Markets Outlook contém uma se??o especial que analisa o recente anúncio da OPEP de que planeja limitar a produ??o. Historicamente, acordos destinados a influenciar os pre?os de produtos básicos, como o estanho e o café, conseguiram influenciar os mercados por algum tempo, mas acabaram perdendo essa capacidade e entraram em colapso. A capacidade da OPEP para afetar os pre?os do petróleo provavelmente será posta à prova pela expans?o da oferta de petróleo de fontes n?o convencionais, como os produtores de xisto.
O relatório Commodity Markets Outlook do Banco Mundial é publicado trimestralmente, em janeiro, abril, julho e outubro. O relatório oferece uma análise de mercado detalhada dos principais grupos de produtos básicos, como energia, metais, produtos agropecuários, metais preciosos e fertilizantes. As previs?es de pre?os até 2025 de 46 produtos básicos figuram juntamente com dados de pre?os históricos.